Geografia do Turismo Introdução à Geografia de Portugal Licenciatura em Turismo ISLA Gaia – 1º ano
Programa 1. Turismo e Geografia 1.1O turismo e o espaço natural: A Influência dos factores geográficos na localização turística 1.2O Quadro Natural de Portugal 2. Origens e destinos 2.1 Geografia dos fluxos turísticos. 2.2 A internacionalização das regiões de turismo Motivos de atracção turística. Fluxos e mobilidade em turismo 3. Turismo de massas 3.1 Características e evolução. Globalização e turismo. 4. Instrumentos de Gestão territorial.
Introdução à geografia de Portugal Divisões administrativas 18 distritos em Portugal Continental As províncias foram extintas em 1976, mas mantêm-se como divisões históricas
Concelhos e Freguesias 308 concelhos (municípios) 4260 freguesias (Em 2013, fruto de uma reforma administrativa nacional, Portugal tem freguesias) 156 cidades
O que são NUTS? NUTS é o acrónimo de “Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos”, sistema hierárquico de divisão do território em regiões. Esta nomenclatura foi criada pelo Eurostat no início dos anos 1970, visando a harmonização das estatísticas dos vários países em termos de recolha, compilação e divulgação de estatísticas regionais. A nomenclatura subdivide-se em 3 níveis (NUTS I, NUTS II, NUTS III), definidos de acordo com critérios populacionais, administrativos e geográficos. Em 2015 entrou em vigor uma nova divisão regional em Portugal – NUTS Em relação à versão anterior – NUTS 2002 –, traduz-se por significativas alterações de número e de composição municipal das NUTS III, as quais passaram de 30 para 25 unidades territoriais, agora designadas de «unidades administrativas». Essas unidades administrativas correspondem às "Entidades Intermunicipais", "Região Autónoma dos Açores" e "Região Autónoma da Madeira". Quanto às NUTS I e II, esta nova versão de 2013 não implicou alterações, tendo apenas a designação da NUTS II "Lisboa" passado para "Área Metropolitana de Lisboa". Assim, actualmente, os 308 municípios de Portugal agrupam-se em 25 NUTS III, 7 NUTS II e 3 NUTS I.
Áreas Regionais de Turismo A Lei n.º 33/2013, de 16 de maio, estabelece cinco áreas regionais de turismo em Portugal Continental, que refletem as áreas abrangidas pelas unidades territoriais utilizadas para fins estatísticos NUTS II – Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. De acordo com os respetivos estatutos, as entidades regionais de turismo adotam as seguintes denominações: - Turismo do Porto e Norte de Portugal, com sede em Viana do Castelo; - Turismo Centro de Portugal, com sede em Aveiro; - Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, com sede em Lisboa; - Turismo do Alentejo, com sede em Beja; - Região de Turismo do Algarve, com sede em Faro.
O Quadro Natural de Portugal CLIMA DE PORTUGAL CONTINENTAL A análise espacial baseada nas normais de 1961/90 mostra a temperatura média anual a variar entre cerca de 7°C nas terras altas do interior norte e centro e cerca de 18°C no litoral sul. Com base nos mesmos dados mostra-se que a precipitação média anual tem os valores mais altos no Minho e Douro Litoral e os valores mais baixos no interior do Baixo Alentejo.
Relevo em Portugal Portugal é um prolongamento das formações montanhosas da Península Ibérica. Na sua fisionomia distinguem-se dois tipos de relevo: a Sul e a Norte do rio Tejo. A Norte, o relevo é mais acidentado, sendo o terreno escarpado e cortado por vales profundos. A erosão decorrente de fenómenos atmosféricos esculpiu as elevações de terreno, dando-lhes um cunho distinto das da paisagem espanhola. Entre os rios Minho e Douro estende-se uma cadeia montanhosa, que se ramifica até à linha da costa, deixando uma estreita faixa ribeirinha. Entre o Douro e o Tejo elevam-se os picos mais elevados, a Serra do Marão e a Serra da Estrela (1 993m). A Sul do Tejo, aparecem as terras mais uniformes, de escasso relevo e pantanosas. A vegetação predominante nesta região limita-se a plantas e arbustos (charnecas) ou a árvores mediterrâneas (sobreiros, azinheiras, figueiras e oliveiras).
Rios em Portugal A rede hidrográfica é rica, ganhando caudal e importância os rios nascidos em Espanha, como os rios Minho, Douro, Tejo e Guadiana, que desaguam no Oceano Atlântico. As fozes do Douro e do Tejo constituem importantes ancoradouros, tendo garantido à nação portuguesa uma importante plataforma natural para uma existência vocacionada para o comércio atlântico e ultramarino.
Rios portugueses MINHO – Nasce em Espanha na região de Lugo e desagua em Caminha, tem cerca de 340 km de comprimento e serve de fronteira entre a confluência com o Trancoso e a foz. LIMA – Nasce em Espanha, a Sul de Orense e desagua em Viana do Castelo. CÁVADO – Nasce na Serra do Larouco e desagua em Esposende. Afluentes – Homem. AVE – Nasce na Serra da Cabreira e desagua em Vila do Conde. DOURO – Nasce em Espanha, na Serra de Urbion a 2000 m de altitude e desagua no Porto, tem cerca de 930 km. Afluentes da margem direita: Sabor, Tua, Corgo, Tâmega e Sousa. Afluentes da margem esquerda: Côa, Távora, Varosa, Paiva e Arda. VOUGA – Nasce na Serra da Lapa e desagua em Aveiro. Afluente da margem direita: Caima. Afluente da margem esquerda: Águeda. MONDEGO – Nasce na Serrra da Estrela a 1425 m de altitude e desagua na Figueira da Foz, tem cerca de 227 km. Afluente da margem direita: Dão. Afluentes da margem esquerda: Alva, Ceira e Arunca. LIS – Nasce no maciço calcáreo de Porto de Mós e desagua em Leiria. Afluente: Lena. TEJO – Nasce em Espanha na Serra de Albarracim e desagua em Lisboa, tem cerca de 1120 km. Em Portugal tem 275 km. É o maior rio da Península Ibérica. Afluentes da margem direita: Erges, Ponsul, Ocresa, Zêzere, Almonda e Alviela. Afluentes da margem esquerda: Sever, Nisa, Sorraia e Almansor. SADO – Nasce em Ourique a 232 m de altitude e desagua em Setúbal, tem cerca de 175 km. Afluentes da margem direita: Roxo, Figueira, Odivelas, Alcáçovas, São Martinho. Marateca e Xarrana. Afluente da margem esquerda: Campilhas. MIRA – Nasce na Serra de Mu e desagua em Vila Nova de Mil Fontes, tem 130 km. GUADIANA – Nasce em Espanha nas Lagoas de Ruidera e desagua em Vila Real de Santo António, serve de fronteira entre a confluênciado Caia e um pouco ao Norte de Mourão e depois entre o Xança e a foz. Afluentes da margem direita: Caia, Degebe, Cobres e Vascão. Afluentes da margem esquerda: Ardila e Xança.
Vegetação em Portugal A disposição em latitude do território português origina várias áreas de vegetação potencial, cuja distribuição se faz fundamentalmente de acordo com a temperatura e com a pluviosidade. Devido sobretudo a estes dois elementos encontramos duas regiões de vegetação e várias áreas de transição, que correspondem também a transições climáticas. As duas regiões são: * a caracteristicamente Atlântica, a Norte, com espécies de folhagem caduca típicas da Europa Oceânica e que encontram em Portugal o seu limite meridional: o carvalho alvarinho, o carvalho negral, o castanheiro, o ulmeiro, o choupo, o freixo e o pinheiro bravo. * e a Mediterrânica, a Sul, onde predominam espécies de folha persistente, características da bacia do Mediterrâneo: o sobreiro, a azinheira, o carrasco, o pinheiro manso, o medronheiro, a urze branca, a aroeira, o loureiro e várias plantas aromáticas (alfazema, alecrim, rosmaninho).