UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA DISCIPLINA DE FISIOTERAPIA APLICADA A ANGIOLOGIA FISIOTERAPIA.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA DISCIPLINA DE FISIOTERAPIA APLICADA A ANGIOLOGIA FISIOTERAPIA EM AMPUTADOS Anna Carolina Elza Karoline Josemar Ramos

Amputação é um procedimento bastante antigo que consiste na retirada, geralmente cirúrgica, total ou parcial de um membro.

EPIDEMIOLOGIA Amputações de MMII tem sido relatadas com frequência crescente nos últimos anos, principalmente por doença vascular periférica. (LASTÓRIA, 1995) Diabéticos - Risco 15 vezes maior de serem submetidos a amputações. (50% das amputações de MMII ocorrem em diabéticos e a ulceração dos pés precede 85% dos casos) Maior incidência: Homens (2:1) na faixa etária de 50 a 75 anos. Cerca de 30% dos amputados unilaterais tornam-se amputados bilaterais dentro de 2 anos e 50% vão a óbito dentro de 5 anos. (THOMSON, 2002)

ETIOLOGIA Congênitas (1% dos casos) – Cirurgia Eletiva Adquiridas 1.Vasculopatia Periférica 2.Trauma 3.Malignidade (Câncer / Tumores) Cirurgia Indicada 4.Metabólicas ( Diabetes) 5.Infecção (Osteopatia)

Indicação absoluta de amputação: Presença de um processo séptico de grande proporção, colocando em risco iminente a vida do paciente e / ou A perda irrecuperável do suprimento sanguíneo arterial do membro. (ARAÚJO, et al, 2009)

Amputações de MMSS Processo Traumático Amputações de MMII Processos vasculares Processos Neurogênicos Processos Traumáticos Processos Tumorais Processos Infecciosos Processos Congênitos

NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO

O Prognóstico é ruim para pacientes com vasculopatias periféricas e excelente para adultos jovens amputados por trauma nos MMII. (THOMSON, 2002) NívelGasto EnergéticoÊxito na Reabilitação Prótese acima do Joelho50 – 70%30% Prótese abaixo do Joelho10 – 40%70%

Complicações Hematoma Edema Infecções (Antibióticos: Profilático ou Curativo) Necrose Contraturas Neuromas Problemas cutâneos Sensação fantasma e dor fantasma Complicações psicológicas

FISIOTERAPIA

“O processo de reabilitação se dará a partir da cicatrização da sutura cirúrgica.” (ARAÚJO, et al, 2009) Cirurgião Fisioterapeuta Terapeuta Ocupacional Equipe Multidisciplinar Assistente Social Psicólogo Enfermeira Clinico Geral (Alta)

Período Pré-operatório Com a intervenção do Fisioterapeuta antes da cirurgia, o prognóstico do paciente melhora consideravelmente e a reabilitação pós-operatória se torna mais eficaz. A conscientização do paciente por parte da equipe que o acompanha sobre os procedimentos futuros é de grande apoio no processo de reabilitação.

Pacientes com patologias em evolução e ainda lutam pela não-amputação – vasculopatias. Apresentam déficit funcional gradativa tanto no sistema cardiorrespiratório quanto musculoesquelético.

Avaliação Observar o paciente desde sua chegada. Anamnese: Coleta de dados pessoais e de informações que auxiliem no tratamento. Observar o estado geral do paciente (Tanto social quando psicológico) -Amputações anteriores -Dores -Hábitos -AVD’s Avaliação Social e Psicológica.

Exame Físico Avaliar: Força muscular do MMSS, Tronco e MMII. Mobilidade Articular e Flexibilidade. Checar os Pulsos. Função Respiratória. Reações de equilíbrio sentado e em pé. Sensibilidade Capacidades Funcionais

Conduta Aliviar o quadro de ansiedade e depressão do paciente; Conscientizar o paciente sobre os recursos protéticos; Mobilidade no leito; Exercícios de fortalecimento; Manter ou aumentar a ADM de todos os membros; Estabelecer reservas cardiorrespiratórias; Treinar independência nas AVDs; Treinar transferências, equilíbrio e marcha;

Período Pós-operatório Objetivos:

Exame do Coto Atentar a cicatrizes problemáticas que podem promover aderências e para lesões abertas Formato do Coto Não adotar posturas que possam causar deformidades. Hipotonia muscular e Hipotrofia Mobilidade articular Sensibilidade / Sensação de membro fantasma / Dor fantasma Temperatura Espícula óssea Neuroma Edema Contratura / Força muscular (Molas, peso, resistência manual)

O Coxim terminal (Revestimento musculocutâneo): Deve ser firme, não ser escasso, nem volumoso. Verificar se há áreas de flacidez causados quando há enfaixamento inadequado. O enfaixamento do coto deve ser o mais estável possível para propiciar uma boa redução do edema presente e, no caso de protetização, trabalhar a pressão sobre o coto. OBSERVAR: Membro fantasma - sensação não dolorosa do membro amputado. Dor fantasma – sensação dolorosa do membro amputado.

Impedir complicações pós-operatórias: Exercícios respiratórios e energéticos do pé, na perna não afetada para evitar complicações respiratórias e circulatórias. Devem começar no primeiro dia do pós-operatório e continuarem até que o tórax esteja limpo e o paciente esteja andando.

Evitar deformidades Surgem com finalidade de eliminar a dor ou posturas inadequadas. Tendência à: Flexão do Joelho e Abdução do quadril. Posicionamento no Leito: Coto paralelo a perna não afetada, sem apoio de travesseiros. Exercícios isométricos para contra agir à deformidade. Progredir para exercícios ativos livres e resistivos do coto. Exercícios de Relaxamento e de Alongamento. Na amputação transtibial e de Joelho o ideal é a utilização de uma prancha no momento em que o paciente estiver sentado.

Massoterapia: Cuidados com a cicatriz, com aderências ou retrações. Contra-indicado em deiscências de suturas e em casos de neuromas. Dessensibilização: Estímulos sensitivos realizados na extremidade distal do coto que irão ativar receptores e normalizar a sensibilidade local.

O ultrassom tem efeito sobre neuromas de amputação, com maior eficácia se for pulsado a Hz. (Melhora a extensibilidade e facilita o estiramento) TENS: Alívio da dor (Eletroanalgesia) Laserterapia: Analgesia local, Ação antiedematosa, Anti-inflamatória, Cicatrização de feridas de difícil evolução.

Hidroterapia: Facilita o alongamento, fortalecimento, mobilização articular, treino de equilíbrio e resistência a fadiga. Facilita exercícios de ADM, atividades de descarga de peso e o relaxamento do paciente. Turbilhão: Liberação de cicatrizes retráteis, Diminuição da rigidez articular Alívio da dor Aumento do fluxo sanguíneo

Posicionamentos Evitar

Exercícios e a prancha, com o auxílio das meias de compressão ajudam a CONTROLAR O EDEMA. Exercícios do membro acometido são importantes para MANTER A MOBILIDADE ARTICULAR e melhoram a função. Treinar transferências para os lados e da cama para a cadeira de rodas. Treinar o manejo da cadeira de rodas e equilíbrio na posição sentada. REEDUCAR A MARCHA com dispositivos que auxiliem na marcha (Ex: Muletas) e nas Barras Paralelas.

Manter a força no corpo e fortalecer músculos que controlam o coto: Os músculos devem ser fortes para o deambular de muletas - Tronco: Ficar de cócoras. - Deitado e rolar - Sentado: Treinar força dos músculos da coluna e equilíbrio. - Sentado: Empurrar para baixo com a mãos, levantando às nádegas. Exercícios para o membro não afetado: Deitado: Levar as pernas para o lado e para dentro Perna pra cima e pra baixo Flexão e extensão do Quadril e Joelhos

Orientações Higiene do coto Cuidados com os pés Posicionamentos para dormir, manter-se sentado, andar.

Obrigado. =D Para reabilitar nem sempre é necessário protetizar.

Bibliografia THOMSON, Ann. SKINNER, Alison. PIERCY, Joan. Fisioterapia de Tidy. 12° ed. São Paulo: Santos, Pág ARAÚJO, Roberta. ANDRADE, Pamela. TÔRRES, Benonias. Principais recursos fisioterapêuticos utilizados em amputados transfemorais durante a fase de pré-protetização. João Pessoa, XI Encontro de Iniciação à Docência Disponível em: CCSDFTMT05.pdf. Acesso em: 13/04/ CCSDFTMT05.pdf LASTÓRIA, Sidnei. YOSHIDA, Winston. ROLLO, Hamilton. Doenças Vasculares Periféricas. 2° ed. São Paulo: Medsi, Pág CARVALHO, José André. Amputações em membros inferiores: em busca da plena reabilitação. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2003.